Para quem não conseguiu uma entrada, boas notícias: a dupla fará uma nova apresentação do espetáculo, que será realizada em 4 de julho no teatro Porto Seguro (região central da capital). As vendas terão início em 11 de maio.

“Os nossos fãs estão carentes de ‘Wicked’. Decidimos fazer essa parceria depois de receber muitas mensagens pedindo um show nosso”, conta Myra, que interpretou a bruxa Elphaba no musical.

É sabido que atores de musicais, especialmente de produções no estilo Broadway, costumam atrair legiões de admiradores. E a dupla não foi uma exceção. No Instagram, por exemplo, cada uma acumula mais de 20 mil seguidores, dispostos a bajulá-las e a criar fã clubes dedicados a elas.

A admiração não é em vão: nem todas as pessoas têm o dom de cantar, dançar e atuar bem. Ou disposição para enfrentar uma maratona de seis apresentações de três horas cada por semana –como ocorreu em “Wicked”.

E as atrizes souberam aproveitar bem o sucesso. “Temos uma afinidade artística muito grande. Somos mais fortes e conseguimos mais visibilidade juntas do que separadas”, afirma Fabi.

Com direção de Miguel Falabella e direção musical de Paulo Nogueira, o show relembra em uma hora e vinte minutos mais de 40 clássicos de musicais, de “Hello, Dolly” (1964) até, claro, “Wicked”. A apresentação conta também com algumas encenações e trocas de figurinos.

“Abordamos no espetáculo a relação de amor e ódio que temos com a nossa profissão. É difícil fazer parte do meio e lidar com algumas questões, mas, ao mesmo tempo, não conseguimos viver sem fazer musicais”, explica Myra.

O “embrião do show”, como definem as atrizes, foi o canal no YouTube criado pela dupla em fevereiro, chamado “Apenas Existindo”, onde publicam covers de canções, bastidores de viagens e gravações com uma pegada cômica.

“Temos muitas ideias de vídeos. A dificuldade é conciliar nossas agendas, já que uma está no Rio e outra em São Paulo”, conta ela. A página conta hoje com mais de 6.400 usuários inscritos.

A ideia era que a espontaneidade do canal fosse levada ao show, intitulado “Desafiando a Amizade”, um trocadilho com a música “Desafiando a Gravidade”, de “Wicked”. “Nos ‘desafiamos’ em alguns momentos, brincando com a questão do estereótipo das divas de musicais competindo entre si”, diz Fabi.

A dupla não descarta a ideia de ficar em cartaz com o show. “Mas ainda temos que amadurecer o projeto, não queremos dar um passo maior do que as pernas”, pondera a atriz.

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Escrito por William Golding, vencedor do Nobel de Literatura em 1983, o romance conta a história de garotos que caem em uma ilha após um acidente de avião. Eles tentam construir uma sociedade autossuficiente e justa, mas, aos poucos, vão cedendo aos seus instintos primitivos.

“O espetáculo não seguirá a linguagem tradicional de musicais. As canções terão importância narrativa, mas no sentido de criar um clima para o desenrolar da história”, afirma Zé Henrique de Paula, diretor da montagem. “Não teremos solos, mas coros.”

A peça, diz ele, começará embalada por músicas eruditas, que, ao longo da narrativa, vão sendo substituídas por outras mais “selvagens”. Fernanda Maia, que trabalhou com o diretor recentemente em “Carrossel”, é a responsável pela direção musical.

O elenco é composto por 12 atores. Entre eles, Bruno Fagundes e Ghilherme Lobo (“Hoje eu Quero Voltar Sozinho”).

“É um musical para jovens, feito por jovens. Fala sobre questões de relacionamento atemporais, como o bullying. Acho que os adolescentes vão se identificar”, diz o diretor.

Mas não apenas os mais novos: “O espetáculo aborda assuntos políticos, então os adultos também vão gostar”, diz De Paula.

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Nova geração

Atrair os jovens para o teatro é uma das propostas de “American Idiot”, que deve estrear em São Paulo no segundo semestre de 2018. “Precisamos renovar o público, principalmente o de musicais”, afirma Renata Pimenta, sócia da Fábula Entretenimento, responsável pela produção do espetáculo.

Inspirado no álbum homônimo da banda Green Day, o musical acompanha a jornada de três amigos, Johnny, Tunny e Will, após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.

Entre os destaques da montagem, com direção de Mauro Mendonça Filho, estão as participações do cantor Di Ferrero, da banda NX Zero, e do ator Thiago Fragoso.

Para os fãs de Green Day, uma boa notícia: as canções –a maior parte do álbum “American Idiot”– não serão traduzidas para o português. “Será como se houvesse um concerto da banda a cada noite no teatro“, diz Pimenta. A produção está em fase de captação de recursos.

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Voo solo

Protagonista de “O Fantasma da Ópera“ e “A Noviça Rebelde”, a atriz Kiara Sasso vai relembrar mais de 20 sucessos de musicais no show Silhuetas, que será realizado no próximo dia 28.

Teatro Porto Seguro. Al. Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos. Tel.: 3226-7300. 496 lugares. 21h. R$ 60 a 80.

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Por enquanto, só a equipe criativa e dois atores da montagem foram escolhidos. João Fonseca, Nello Marrese, Carol Lobato e Luiz Paulo Nenen ficarão encarregados da direção, do cenário, dos figurinos e da iluminação, respectivamente.

O protagonista da história, Robert, será vivido por Tenente, enquanto que a atriz Joana Mendes vai interpretar April, uma das namoradas do personagem principal.

Vencedor do Tony Award de melhor musical em 1971, o espetáculo gira em torno de Robert, um homem solteiro de 35 anos, e de cinco casais de amigos. Dividido em vinhetas sem uma ordem cronológica bem definida, fala de forma divertida sobre casamento e relacionamentos.

As músicas e letras da peça são de Stephen Sondheim, um dos principais compositores do teatro musical norte-americano.

“O musical entretém, mas também faz você voltar para casa refletindo sobre as dores e as delícias de se ter alguém ao lado”, afirma Tenente, que também é fundador do Ceftem (Centro de Estudos e Formação em Teatro Musical), no Rio. “Não é uma comédia só para rir, e é super atual.”

Depois de uma temporada na capital fluminense, o ator pretende trazer o musical para São Paulo, onde foi montado em 2001, com direção de Charles Moeller e versão brasileira de Claudio Botelho, no teatro Alfa (zona sul).

Sabrina Korgut, Daniel Boaventura, Totia Meirelles e o próprio Botelho são alguns dos nomes que fizeram parte do elenco original.

“A minha geração assistiu à montagem do Charles e do Claudio, e, agora, os jovens poderão conhecer esse espetáculo, que é muito potente”, diz Tenente.

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O espetáculo, criado por Richard O’Brien, é uma espécie de homenagem irônica aos filmes B de ficção científica e terror produzidos até a década de 1970.

Foi lançado em Londres em 1973 e, dois anos depois, ganhou uma adaptação para o cinema, estrelada por Tim Curry, Susan Sarandon e pelo próprio O’Brien.

A versão brasileira da peça, dirigida por Charles Möeller e Claudio Botelho, é estrelada por Marcelo Médici, que dá vida ao Dr. Frank N’ Furter. A peça marcou a volta do ator aos musicais após um hiato de dez anos –o último fora “Sweet Charity”, em 2006.

“O Frank era um sonho na minha vida. Quando aconteceu o convite [para fazê-lo], fiquei nas nuvens, muito feliz. Se fizessem [o espetáculo] e o personagem não fosse feito por mim, não conseguiria assistir de raiva, de ciúme”, conta Médici.

Para o ator, um dos maiores desafios da montagem foi desenferrujar. “Por causa dos musicais, eu sempre procurei me aperfeiçoar. Fiz balé durante três anos da minha vida, além de jazz e dança moderna. Mas eu parei há uns 25 anos, e você muda, envelhece, perde flexibilidade, fôlego. Então foi como começar do zero”, diz ele.

E ainda houve um agravante: o uso de salto alto durante a peça. “Você acha que vai tirar a coreografia de letra, e aí entra o salto. Foi difícil”, lembra o ator.

A veterana de musicais Gottsha é outro nome de peso na montagem. A atriz vive a personagem Magenta, uma das criadas de Frank N’ Furter. “Quando assisti ao filme pela primeira vez, com 14 anos, não sabia se tinha entendido tudo ou absolutamente nada. Mas eu tinha me apaixonado”, conta ela.

Thiago Machado, que interpreta o mordomo Riff Raff, acredita que um dos pontos altos do musical é a mensagem de liberdade que transmite.

“Ele acaba com a imagem do bom samaritano, da família perfeita, e mostra que todo mundo tem desejo, vontade. Que o homem pode amar outro homem, a mulher pode amar outra mulher. Que todos podem se amar e você pode ser o que quiser”, diz.

O elenco conta ainda com Bruna Guerin, Felipe de Carolis, Jana Amorim, Marcel Octavio, Nicola Lama, Felipe Mafra, Vanessa Costa e Thiago Garça.

Teatro Porto Seguro. Al. Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos. Tel.: 3226-7300. 496 lugares. Sex. e sáb: 21h. Dom.: 19h. Até 26/3. R$ 30 a R$ 60.

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Um dos pontos altos do musical será o momento em que quatro atores vão “voar” ao mesmo tempo, inclusive sobre a plateia, afirma Renata Pimenta, sócia da produtora. Mas a tarefa não será simples: eles terão um mês de ensaios dedicado exclusivamente às coreografias no ar.

Até agora, só há um ator escalado para o musical: Daniel Boaventura, que viverá o Capitão Gancho. A seleção de elenco deve ser realizada em junho.

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