“Por que o caipira do século passado compunha a música ‘Cabocla Tereza’ e os cantores de hoje fazem ‘Bara Bara’? É isso o que a peça se propõe a discutir”, afirma Gustavo Gasparani, que assina a direção do espetáculo. “Vamos abordar a questão do caipira raiz versus o sertanejo pop.”

A participação de Michel Teló, que estreia como ator de teatro no papel de um sanfoneiro caipira, será um dos pontos altos da montagem. “Ele é carismático e tem uma presença muito forte em cena”, avalia o diretor.

A trilha do musical reúne 56 canções de diferentes épocas. “Tristeza do Jeca”, “O Menino da Porteira” e “É o Amor” são algumas delas. “Muitos torcem o nariz para o sertanejo, mas trata-se de uma manifestação popular autêntica”, diz Gasparani.

A história não seguirá uma linha cronológica. Em vez disso, será dividida em causos. “O que é típico da cultura caipira”, diz o diretor.

Versos de grandes poetas e escritores, como Cora Coralina, Manoel de Barros e Guimarães Rosa, irão permear a peça, cujo cenário será inspirado na obra de Tarsila do Amaral.

Após as apresentações em São Paulo, o espetáculo vai passar por outras seis cidades brasileiras: Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Ribeirão Preto.

Tom Brasil. R. Bragança Paulista, 1.281, Sto. Amaro. Tel.: 4003-1212. Sex. e sáb: 22h. Dom.: 20h. R$ 50 a 160.

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Ritmo carioca

Depois de “Samba Sampa” (2013), o diretor Ulysses Cruz prepara o espetáculo “Rio Mais Brasil, o Nosso Musical”, que chega em 3 de novembro ao teatro Frei Caneca (região central de São Paulo).

A peça trata dos percalços de cinco protagonistas, cada um de uma região do Brasil, durante a gravação de um filme no Rio. O livro “O Povo Brasileiro“, do antropólogo Darcy Ribeiro, serviu de base para a história.

Na trilha, haverá bastante hip-hop. “Me inspirei em ‘Hamilton’ [vencedor do Tony de melhor musical em 2016] para criar a linguagem do espetáculo”, diz Cruz. A produção terá canções originais –compostas por Carlos Bauzys, Daniel Rocha e Renata Mizrahi– e um DJ tocando ao vivo.

A única pessoa confirmada no elenco até agora é a atriz Cris Vianna (da novela “A Regra do Jogo”). As inscrições para as audições podem ser realizadas até 5 de abril no site oficial do espetáculo. A produção é da Turbilhão de Ideias Entretenimento.

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Curta temporada

O musical “Gota d’Água [A Seco]”, estrelado por Laila Garin e Alejandro Claveaux, retorna a São Paulo na próxima sexta-feira (7).

O espetáculo –uma adaptação de “Gota D’Água”, escrito em 1975 por Chico Buarque e Paulo Pontes– é inspirado em Medeia, tragédia grega de Eurípedes.

Teatro Porto Seguro. Al. Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos. Tel.: 3226-7300. 496 lugares. Sex. e sáb: 21h. Dom.: 19h. Até 7/5. R$ 50 a 80.

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A trilha será composta por 56 canções, de artistas como Tonico e Tinoco, Almir Sater, Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano e Gusttavo Lima.

A direção do musical, produzido pela Aventura Entretenimento e pela Musickeria, ficará a cargo de Gustavo Gasparani, de “SamBRA”, com Diogo Nogueira, e “Gilberto Gil, Aquele Abraço”.

Além de Teló, fazem parte do elenco outros dez atores. Lilian Meneses (“Elis, a Musical”), Alan Rocha (“Gilberto Gil, Aquele Abraço)”, Cris Gualda (“Beatles Num Céu de Diamantes”) e Sergio Dalcin (Hair) são alguns dos nomes.

Gringo Cardia, Maneco Quinderé, Marcelo Neves e Marcelo Olinto ficarão encarregados da cenografia, iluminação, direção musical e figurinos, respectivamente.

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