Dubladora de ‘A Bela e a Fera’ já participou de 16 musicais
Ela já foi a Fiona de “Shrek” e até a meia-irmã malvada da Cinderela nos palcos. Agora, a atriz e cantora carioca Giulia Nadruz, 25, faz parte de mais um conto de fadas, mas de um jeito diferente: ela dubla a princesa do novo longa da Disney “A Bela e a Fera”, que estreou na última semana nos cinemas.
Quem acompanha os musicais no eixo Rio-São Paulo provavelmente deve se lembrar de Giulia em alguns deles. Apesar de jovem, ela acumula 16 espetáculos no currículo, como “Mamma Mia” (2010), “Fame” (2012) e “Ghost” (2016).
A atriz já havia se aventurado no mundo da dublagem em 2010, mas a princesa Bela foi o seu primeiro grande trabalho na área.
“Eu gosto muito da personagem. Foi uma das primeiras princesas da Disney a ter um caráter mais feminista, de não ter medo e encarar as coisas de frente”, diz ela. “Não é o tipo de princesa que fica esperando alguém salvá-la ou as coisas acontecerem.”
As gravações, segundo ela, duraram 24 horas –12 horas dedicadas às músicas e 12 horas aos textos– divididas ao longo de algumas semanas.
“É um desafio tentar chegar o mais perto possível da versão original sem se deixar levar pela musicalidade do inglês. É preciso entender a intenção da atriz e falar aquilo de um jeito brasileiro”, conta.
As versões brasileiras das canções do longa foram feitas por Mariana Elisabetsky, que realizou algumas pequenas adaptações na trilha do desenho animado de 1991 para que dublagem fosse mais bem feita.
Mas será que isso é suficiente para convencer o público adulto a assistir ao filme em português, em vez de legendado?
“Acho que ainda existe um pouco de preconceito em relação a filmes dublados, principalmente quando não são de animação. Mas as dublagens estão cada vez melhores, o que ajuda a diminuir um pouco essa resistência”, afirma a atriz.
Além de Giulia, outros grandes nomes do teatro musical brasileiro também participaram do filme, como Nando Pradho (“Les Misérables”), Bianca Tadini (“Cinderella”), Alírio Netto (“We Will Rock You”) e Ivan Parente (“O Homem de La Mancha”).
“A história passa uma mensagem muito bonita e atemporal, que é a questão da transformação de si mesmo e do outro por meio do amor. Ela era necessária em 1991, e é hoje também”, afirma a atriz.
Curiosidades sobre o filme:
- Em torno de 1.500 rosas vermelhas foram cultivadas ou compradas para pesquisa ou decoração do set
- A floresta encantada que fica ao redor do castelo da Fera –que tem árvores de verdade, cercas-vivas, um lago congelado e 20 mil pingentes de gelo– levou 15 semanas para ser concluída
- Mais de 8.700 velas (ou 26,5 metros de cera) foram utilizadas como decoração do set de filmagem
- O piso do salão de baile do castelo da Fera é feito de 1.115 m² de mármore artificial, e o seu design é baseado no teto do Mosteiro Beneditino em Braunau, na Alemanha
- Os dez lustres do salão de baile são inspirados nos lustres do palácio de Versailles
- Cerca de 55 metros de cetim organdi levíssimo foram utilizados para criar o vestido amarelo de Bela. Ele precisou de 915 metros de fio e ganhou 2.160 cristais Swarovski. Para ser criado, levou mais de 12 mil horas
- A equipe de produção que projetou, construiu e decorou os sets do filme contou com mais de mil pessoas
- Philippe, o cavalo de Bela e de seu pai, é interpretado por três cavalos diferentes, dois dos quais tiveram de ser pintados todos os dias
- Froufrou, o cachorro da Madame de Garderobe e do Maestro Cadenza é interpretado por Gizmo, um cão resgatado por um dos mais antigos e mais famosos centros de resgate de animais do Reino Unido
- Algumas das letras originais escritas por Howard Ashman para as canções “Gaston” e “Beauty and the Beast” que não foram utilizadas no filme de animação foram adicionadas à adaptação em live-action
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