O musical “O Bem Amado”, com previsão de estreia para o segundo semestre em São Paulo, terá em sua trilha desde músicas bregas até marchinhas.

“Haverá uma mistura bacana de músicos. Escolhemos um pouco de cada ritmo que o Brasil escuta”, afirma Fábio Gomes de Oliveira, presidente da Associação dos Produtores de Teatro Musical e diretor musical do espetáculo.

Algumas delas foram usadas na telenovela de Dias Gomes, exibida em 1973. É o caso de “O Bem Amado” e “Meu Pai Oxalá”, compostas por Toquinho e Vinicius de Moraes especialmente para a trama.

Outras canções que devem fazer parte da peça serão “Me Deixas Louca”, de Elis Regina, “Você Mudou Demais”, de Waldick Soriano, e “Nós Somos Dois Sem Vergonha”, de Lindomar Castilho. Haverá ainda uma marchinha composta pelo diretor musical.

“Minha intenção não era compor músicas para o espetáculo, mas pesquisar canções e inserir dentro da narrativa. É uma tarefa bastante trabalhosa, mas que gosto muito de fazer”, conta.

Para Oliveira, a música brega é “a cara de Odorico Paraguaçu”, político corrupto que é o protagonista da história. Contudo, acredita que é o tango “Cambalache”, composto na década de 1930 e regravado por Raul Seixas, que melhor define o personagem.

“A letra fala que o mundo é uma bagunça, e que quem não rouba é um imbecil. Tem tudo a ver com ele. Só mudei um pouco as palavras, para adaptá-las à linguagem particular do Odorico”, revela.

Paraguaçu será vivido pelo ator Nelson Freitas, único ator confirmado no elenco até agora.

O espetáculo foi autorizado a captar R$ 4.892.880 via Lei Rouanet.

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